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segunda-feira, 28 de março de 2011

Na gaveta...


Todo mundo tem uma gaveta para guardar bagunça, utilitários e coisas nonsense. Sou clichê quanto a isso: tudo junto e misturado, só cultuando a forma desorganizada de ver minhas coisas. De vez em quando abro minha gaveta e está tudo lá, por ora empoeirado ora reluzindo. Às vezes implico com a dita cuja e trancafio tudo dentro, deixo a lembrança  se esvanecer e jogo a chave fora. Dois anos, dois dias ou dois segundos depois  me arrependo. Dai fico ensandecida por arrebentar logo o lacre, os cadeados e meu julgamento anterior. Em seguida tiro tudo de lá, limpo a sujeira, espano o pó e organizo milimetricamente. Chego até a fazer juras de que nunca mais agirei de tal forma.
Mas tenho lá momentos de atear fogo, lotar de dinamite e acender o estopim. Inconstâncias derivadas de sentimentos confusos, prazer!
Quando ignora-se por muito tempo essa gaveta, dá medo ao abrir. Medo de ser descuidada e remexer tudo que guardei minuciosamente. Medo de que tudo que lutei para esconder exploda em liberdade, espalhando de novo o rastro de destruição. É difícil saber a hora em que essa gaveta deve ser remexida.
Tenho instantes de querer guardar tudo. E nessa busca desenfreada por manter o máximo de coisas lá dentro, acabo por deixar a organização de lado. Essa desorganização torna rotineiro o sumiço de alguns guardados. Ai bate logo um desespero e apelo para São Longuinho. Às vezes o que tanto se procura está camuflado ao meio de todo seu conteúdo. Justamente um dos lugares mais óbvios. Mas nossos olhares cansados  já não estão tão nítidos para perceber. Procura-se tanto no exterior para depois perceber que o almejado encontra-se acomodado no interior da sua velha gaveta.
O fato é que cultivamos o hábito de guardar papéis, fotografias, frascos de perfume, jóias, cartas, sentimentos e objetos que acreditamos um dia usar. O tempo passa e constatamos que esses guardados não serão mais utlilizados.Os desapegados eliminam categoricamente essas inutilidades, os sentimentais preferem fazer o "parto" de maneira poética. O importante é não ignorar que esse momento chegou.
Às vezes é difícil separar o joio do trigo e escolher o que ainda é significativo. Mas quando isso acontece, é um momento glorioso de renovação.
Enquanto esse momento não chega, entre folhas rasgadas, pilhas e batons, vale guardar as lembranças que a memória falha um dia poderá esquecer: Vale guardar as imagens que a visão borrada poderá enfraquecer, vale guardar as canções de uma possível audição errante, vale guardar a candura que o coração inocente já teve .Vale guardar as lembranças dos amores. Vale guardar o afeto, o amor, a vontade de estar sempre junto, os toques, beijos,abraços e laços. Vale guardar as lágrimas e a dor da saudade, vale guardar o que assimilei quando a lágrima substituiu um sorriso. Vale guardar, enfim, tudo o que aprendi.
.

domingo, 27 de março de 2011

Toda a positividade eu desejo a vocês...

Do Lado de Cá

Chimarruts

Se a vida às vezes dá uns dias de segundos cinzas
e o tempo tic taca devagar
Põe o teu melhor vestido, brilha teu sorriso
Vem pra cá, vem pra cá
Se a vida muitas vezes só chuvisca, só garoa
e tudo não parece funcionar
Deixe esse problema a toa, pra ficar na boa
Vem pra cá
Do lado de cá, a vista é bonita
A maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá tem música, amigos e alguém para amar
Do lado de cá
Do lado de cá
Se a vida às vezes dá uns dias de segundos cinzas
e o tempo tic taca devagar
Põe o teu melhor vestido, brilha teu sorriso
Vem pra cá, vem pra cá
Se a vida muitas vezes só chuvisca, só garoa
e tudo não parece funcionar
Deixe esse problema a toa, pra ficar na boa
Vem pra cá
Do lado de cá, a vista é bonita
A maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá tem música, amigos e alguém para amar
Do lado de cá
A vida é agora, vê se não demora.
Pra recomeçar é só ter vontade de felicidade pra pular
Do lado de cá, a vista é bonita
A maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá tem música, amigos e alguém para amar
Do lado de cá
Do lado de cá


Como já perceberam adoro postar músicas. Algumas transmitem coisas tão boas que me sinto no dever de espalhar. Um exemplo disso, é a música citada anteriormente.  Apesar de ser uma música muito conhecida, muito explorada comercialmente, de parada musical... ainda acho que vale ressaltar mais uma vez  a letra que traz uma positividade incrível. Ouçam, sintam e reflitam!!
Obs.: Não consegui postar o clipe aqui (não sei o porquê), então deixei o link do mesmo.







sexta-feira, 18 de março de 2011

Ainda não passou...

Essa música tem um significado todo especial, já que apareceu na minha vida num momento que ainda não fazia muito sentido, mas que, rapidamente, foi transformada numa música dentro do contexto. De certa forma me ajudou muito a expressar o que sentia e sinto. Algumas  músicas têm mesmo essa característica "curativa" ao elucidar sentimentos e deixar que eles sejam expressos.  E nossas vidas ganham um charme maior ao ter músicas contextuais. O que seria da vida sem trilha sonora? Então, vamos lá.





Ainda não Passou

Nando Reis

Composição: Nando reis


Triste é não chorar
Sim eu também chorei
E não, não há nenhum remédio
Pra curar essa dor
Que ainda não passou
Mas vai passar!
A dor que nos machucou
E não, não há nenhum relógio
pra fazer voltar... O tempo voa!
Triste é não chorar
Sim eu também chorei
E não, não há nenhum remédio
Pra curar essa dor
Que ainda não passou
Mas vai passar!
A dor que nos machucou
E não, não há nenhum relógio
pra fazer voltar... O tempo voa!
Eu não suporto ver você sofrer
Não gosto de fazer ninguém querer riscar o seu passado
E o que passou, passou
E o que marcou, ficou
Se diferente eu fosse será que eu teria sido amado?
Por você, por você


 E ai, vocês têm músicas que marcaram momentos? Qual a trilha sonora do seu momento? Qual a trilha sonora da vida de vocês?

sexta-feira, 11 de março de 2011

A tristeza permitida

Se eu disser pra você que hoje acordei triste, que foi
difícil sair da cama, mesmo sabendo que o sol estava
se exibindo lá fora e o céu convidava para a farra de
viver, mesmo sabendo que havia muitas providências a
tomar, acordei triste e tive preguiça de cumprir os
rituais que faço sem nem prestar atenção no que estou
sentindo, como tomar banho, colocar uma roupa, ir pro
computador, sair pra compras e reuniões – se eu disser
que foi assim, o que você me diz? Se eu lhe disser que
hoje não foi um dia como os outros, que não encontrei
energia nem pra sentir culpa pela minha letargia, que
hoje levantei devagar e tarde e que não tive vontade de
nada, você vai reagir como?
Você vai dizer “te anima” e me recomendar um
antidepressivo, ou vai dizer que tem gente vivendo
coisas muito mais graves do que eu (mesmo
desconhecendo a razão da minha tristeza), vai dizer pra
eu colocar uma roupa leve, ouvir uma música
revigorante e voltar a ser aquela que sempre fui, velha
de guerra.
Você vai fazer isso porque gosta de mim, mas também
porque é mais um que não tolera a tristeza: nem a
minha, nem a sua, nem a de ninguém. Tristeza é
considerada uma anomalia do humor, uma doença
contagiosa, que é melhor eliminar desde o primeiro
sintoma. Não sorriu hoje? Medicamento. Sentiu uma
vontade de chorar à toa? Gravíssimo, telefone já para o
seu psiquiatra.
A verdade é que eu não acordei triste hoje, nem mesmo
com uma suave melancolia, está tudo normal. Mas
quando fico triste, também está tudo normal. Porque
ficar triste é comum, é um sentimento tão legítimo
quanto a alegria, é um registro de nossa sensibilidade,
que ora gargalha em grupo, ora busca o silêncio e a
solidão. Estar triste não é estar deprimido.
Depressão é coisa muito séria, contínua e complexa.
Estar triste é estar atento a si próprio, é estar
desapontado com alguém, com vários ou consigo
mesmo, é estar um pouco cansado de certas
repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem
uma razão aparente – as razões têm essa mania de
serem discretas.
“Eu não sei o que meu corpo abriga/ nestas noites
quentes de verão/ e não me importa que mil raios
partam/ qualquer sentido vago da razão/ eu ando tão
down...” Lembra da música? Cazuza ainda dizia, lá no
meio dos versos, que pega mal sofrer. Pois é, pega mal.
Melhor sair pra balada, melhor forçar um sorriso,
melhor dizer que está tudo bem, melhor desamarrar a
cara. “Não quero te ver triste assim”, sussurrava
Roberto Carlos em meio a outra música. Todos cantam
a tristeza, mas poucos a enfrentam de fato. Os esforços
não são para compreendê-la, e sim para disfarçá-la,
sufocá-la, ela que, humilde, só quer usufruir do seu
direito de existir, de assegurar seu espaço nesta
sociedade que exalta apenas o oba-oba e a verborragia,
e que desconfia de quem está calado demais. Claro que
é melhor ser alegre que ser triste (agora é Vinícius),
mas melhor mesmo é ninguém privar você de sentir o
que for. Em tempo: na maioria das vezes, é a gente
mesmo que não se permite estar alguns degraus
abaixo da euforia.
Tem dias que não estamos pra samba, pra rock, pra
hip-hop, e nem pra isso devemos buscar pílulas
mágicas para camuflar nossa introspecção, nem
aceitar convites para festas em que nada temos para
brindar. Que nos deixem quietos, que quietude é
armazenamento de força e sabedoria, daqui a pouco a
gente volta, a gente sempre volta, anunciando o fim de
mais uma dor – até que venha a próxima, normais que
somos.
Falei

(Martha Medeiros)

quinta-feira, 10 de março de 2011

Zona de conforto???


Will Rogers, ator e comediante, disse que: "De vez em quando é preciso subir num galho perigoso, porque é lá que estão as frutas" e  "Mesmo que você esteja no caminho certo, você será atropelado se ficar simplesmente sentado."  Mas de alguma forma, fiquei dividida nos meus pensamentos...
Durante a semana que passou, particularmente, ouvi muito a expressão "sair da zona do conforto" . No contexto, alguns palestrantes diziam que nessa nova fase seríamos provocados até sair dessa zona do conforto. Mas que raios é essa tal "zona do conforto"? Então, pode-se dizer que é uma fronteira mental, definida por atitudes, sentimentos, pensamentos que costumanos ter. Dentro dessa bolha estão todas as lembranças positivas e negativas que tivemos, portanto, está intimamente relacionada com nossas. experiências. Nessa bolha tudo que está dentro te deixa bem e se, por acaso, você tem que sair de lá sente logo o perigo.
É claro que  a tendência das pessoas é refugiar-se em sua zona de conforto, por isso almejam uma rotina e  adequam novos hábitos de vida, seja no âmbito familiar, social ou profissional.Que complexo e ao mesmo tempo conflitante, já  que a vida é extremamente dinâmica. Sendo assim, só mudando continuamente para não estagnar.
Mais do que tudo sabemos que as mudanças nos deixam inseguros, ansiosos e até desconfortáveis. Melhor seria se estivéssemos preparados para elas de forma contínua, vista a necessidade.Não seria diferente nas relações sociais e profissionais... As mudanças surgem e, inevitavelmente, devemos acompanhar.
Sair da sua zona de conforto pra quê ? Por que, se lá é tão quentinho e aconchegante? Sair da zona do conforto tem todo seu lado positivo, essa saída é capaz de nos motivar, de alavancar nosso progresso, de acordar mesmo para a vida.
O fato que é que mais cedo ou mais tarde você será provocado pela vida, independente da sua resistência, você será obrigado a isso. Só percebemos o quanto estamos acomodados quando sofremos essa provocação. Ai você pára, olha pra si e percebe que nos últimos tempos mudaram a programação da TV,  a fulana mudou a cor do cabelo e você não curtiu , que beltrano trocou de namorada e  você criticou. De repente, olha pra si e percebe que de alguma forma a vida mudou, mas você continua ali. Você não gostava do seu apartamento, você não gostava de estudar de última hora, você não gostava de ter poucos amigos, mas e dai? Você continua da mesma forma.  Você se acomodou com o que incomodava. E merece ser provocado mesmo!
Não estou falando de precipitações ou arriscar-se por nada, mas sim de se permitir correr alguns riscos ao sair dessa zona de conforto.
Somos seres experimentais com a memória repleta de contos de fada destruídos, acabamos por evitar que isso se repita.  Muitas vezes, isso nos limita..É claro que ao arriscar, acabamos nos deparando com novos erros, isso é bom porque nos permite ter auto-conhecimento. A partir desse auto conhecimento, é possível um aprimoramento no nosso projeto de gente. Quando deixamos de experimentar e de arriscar, consequentemente,  deixamos de evoluir.
Voltando às frases citadas por Will Rogers, agora posso concordar com ele. No início do texto, a zona do conforto ainda bloqueava a minha percepção, Agora ela permitiu que desse validade a novos conceitos e ideias. Dessa forma, funciona.
Na dúvida, basta lembrar da intensidade que vivemos quando optamos por sair da zona de conforto. Só isso, já vale a pena! A vida torna-se de novo interessante, ganha novos contornos e cores, o olfato se aguça e os ouvidos se abrem para novas canções. E antes que faça disso uma zona de conforto, lá vem a vida de novo te provocando. E  por ai vamos, dando adeus em vez de agradecer o seja bem-vindo!

Vou executar um pouco essa função de provocadora... Você se imaginou vivendo assim? Quando criança, o que você queria ser? Você concorda com o rumo que a vida tomou? Até que ponto você é capaz de se arriscar?  Você se sente feliz? O que te incomoda? Quanto você se arrisca? Há quanto tempo você está na sua zona de conforto?

quarta-feira, 9 de março de 2011

Sonho de Carnaval

Sonho de um Carnaval

Chico Buarque

Composição: Chico Buarque
 
Carnaval, desengano
Deixei a dor em casa me esperando
E brinquei e gritei e fui vestido de rei
Quarta-feira sempre desce o pano

Carnaval, desengano
Essa morena me deixou sonhando
Mão na mão, pé no chão
E hoje nem lembra não
Quarta-feira sempre desce o pano

Era uma canção, um só cordão
E uma vontade
De tomar a mão
De cada irmão pela cidade

No carnaval, esperança
Que gente longe viva na lembrança
Que gente triste possa entrar na dança
Que gente grande saiba ser criança



Para quem curte Chico Buarque, aqui tem um vídeo dele interpretando a canção. Muito bom!


"Quarta-feira sempre desce o pano".

sábado, 5 de março de 2011

= )

Recebi a letra dessa música em um recadinho de uma amiga e adorei. Trata-se da música Smile, cujo tema foi composto em 1936 por Charlie Chaplin. Em 1954, John Turner e Geoffrey Parsons adicionaram letra a canção. 
Michael Jackson foi responsável por criar sua própria versão...Segundo Brooke Shields, essa era a música preferida do cantor.


Uma versão em português chegou a ser gravada por Djavan, com o título de Sorri. Igualmente linda!



Aproveitando a 'deixa" do outro post, proponho a vocês sorrisos e mais sorrisos para superarem algum problema (escondendo o rastro de tristeza), ou simplesmente para iluminar de alegria e contagiar todo mundo. Já é um começo. Em pleno carnaval nada mais adequado, por isso...
:)

Só...ria!






Rir muito e com frequência; ganhar o respeito de pessoas inteligentes e o afeto das crianças; merecer a consideração de críticos honestos e suportar a traição de falsos amigos; apreciar a beleza, encontrar o melhor nos outros; deixar o mundo um pouco melhor, seja por uma saudável criança, um canteiro de jardim ou uma redimida condição social; saber que ao menos uma vida respirou mais fácil porque você viveu. Isso é ter tido sucesso.

Ralph Waldo Emerson



quarta-feira, 2 de março de 2011

Hino ao amor...

 Quem assistiu a minissérie Maysa- Quando fala o coração, possivelmente irá lembrar da cena onde a protagonista recebe a notícia da morte de André Matarazzo, ex-marido e melhor amigo. A cena é extremamente emocionante! A cantora, que está em turnê por Portugal, recebe a notícia antes de se apresentar. E no palco, após aplausos, conta que acabou de perder seu primeiro amor e por isso seu coração está sangrando naquele momento. Para homenageá-lo canta a música que ele mais gostava: Hino ao Amor.
A música é lindíssima, vale a pena conferir!



Hino Ao Amor (Hymne À L'amour) 

Composição: Edith Piaf e Marguerite Monnot (Versão) Odayr Marsano

 
Se o azul do céu escurecer
E a alegria na terra fenecer
Não importa, querido
Viverei do nosso amor
Se tu és o sonho dos dias meus
Se os meus beijos sempre foram teus
Não importa, querido
O amargor das dores desta vida
Um punhado de estrelas no infinito irei buscar
E a teus pés esparramar
Não importa os amigos, risos, crenças de castigos
Quero apenas te adorar
Se o destino então nos separar
Se distante a morte te encontrar
Não importa, querido
Porque morrerei também
Um punhado de estrelas no infinito irei buscar
E a teus pés esparramar
Não importa os amigos, risos, crenças de castigos
Quero apenas te adorar
Quando enfim a vida terminar
E dos sonhos nada mais restar
Num milagre supremo
Deus fará no céu te encontrar



Engraçado porque lembrei dessa cena do nada e fiquei feliz por poder compartilhar a lembrança. Espero que gostem.

E ai, o que acharam??