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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Recanto das palavras


Essa necessidade de escrever nasce sempre quando acordo querendo ficar quietinha. Remoendo cá com meus botões e deixando escapar o mínimo de palavras possíveis. Em companhia da preguiça típica de segunda-feira,  essa vontade cresce até me render ao teclado do computador, mesmo estando ameaçada pela reincidência da tendinite.
Possuída por uma força interna em contraste com meu desânimo aparente, desato em cliques e tiques até sair um parágrafo, dois... falando de nada e de tudo.
Tenho um desejo de um dia conseguir simplificar o mais complexo dentro de mim. Enquanto esse desejo não se torna realidade, me entrego às palavras...
Junto com elas vem o pensamento de um mundo paralelo, lúdico! Onde cada um faz o que realmente gosta e por um tempo justo, onde não somos vítimas de uma má política ou de violência, onde a qualidade de vida está em primeiro lugar e onde há pureza e bondade para vermos o que o ser humano tem de melhor.
Esse mundo também tem árvores de algodão doce, água calma e cristalina, emoldurada por uma areia branquinha, e uma brisa perfumada. Onde é possível alcançar as nuvens e escorregar em suas formas macias e, depois de se cansar, deitar sob elas e traçar desenhos, imaginar diferentes imagens e se divertir. Olhar para o horizonte e ver montanhas verdes ou o mar azul a perder de vista. Sentir todas as cores formando um arco-íris em cada sorriso. Brincar com as flores em um jardim secreto e brindar com um beija-flor. Mergulhar nas profundezas de um mar tranqüilo, sem remorsos e ressaca. Nadar com os peixes e cantar com as sereias as mais lindas canções.  E depois,  para qualquer lugar,voar... Respingando água lá do alto e fazendo chover.  Pé no chão e, de repente, as luzes se apagam e acendem os vagalumes, iluminando os pensamentos até o sono aparecer. Dormir sem medo de pesadelos, livre para sonhar.  Sem pedir licença eles vêm e no outro dia se tornam realidade.
Uma vez sonhei em driblar as distâncias geográficas  e agora com o teletransporte é possível  ir para o outro lado do mundo em segundos, ir no estado vizinho rever a família que tanto faz falta, ir ali abraçar um gato e uma cachorrinha que tanto trazem alegria, subir em árvores e comer frutos frescos e suculentos e ainda voltar a tempo de ver o pôr-do-sol do lado de quem faz bem.
Esse mundo não é feito de vaidades. A morte não existe. As pessoas evoluem.  Não há  autodestruição . Não há tempo para maus pensamentos. É eterno para o amor. Ah, o amor...
Ops, a folha acabou... Aos poucos despeço do meu mundo paralelo e vou atravessando a ponte em direção à realidade.  As palavras brotaram, o coração se aliviou, a quietude passou.
Fico bem! Se precisar torno a pegar meu lápis e,  como um passe de mágica, volto para o meu recanto dos sonhos, das palavras.


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