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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Dance...

Ai, esse nosso apego a tudo que ficou para trás é intrigante. Quando uma relação termina temos que aprender a lidar com a coreografia das ausências e, ao mesmo tempo, com a falta de perspectiva para novas apresentações.  Pior quando a vida nos coloca na ponta dos pés e nos cobra um desprendimento do que ficou. Ai tudo fica tenso e todos aqueles movimentos deslizantes desaparecem, visto que nosso apego era forte com as vibrações  que aquela  pessoa nos trazia e mais ainda com o espetáculo de vida que tínhamos. Por mais que queiramos nos desprender é mais fácil o contrário. Isso porque bate um desânimo em enfrentar uma nova fase de solidão nos ensaios  e começar outra vez todo aquele alongamento. De certa forma é  tão mais fácil continuar o que tínhamos, continuar os passos hipnotizantes e fascinantes que sabíamos.
Simples. Queríamos apenas nos encolher e guardar a lembrancinha da época boa que vivemos, guardar aquela sensação, aquela melodia. Queríamos de volta o que tínhamos, a alegria que esbanjávamos, a energia que nos impulsionava, o ritmo que nos eletrizava. Mesmo assim sabemos que é preciso nos livrar da confusão que os rodopios da dor nos causaram, lembrar que aquele par (aquele mesmo) não é mais envolvente. Lembrar que o mundo continuou seu ciclo, seus ensaios e shows. As pessoas continuaram suas rotinas, o sol não se apagou, as flores desabrocharam, as crianças seguiram para o circo... O mundo não parou seu compasso para fazer nosso cenário de dor e nem nossa trilha melancólica. E no fim, só dói quando desejamos nos inclinar, ou seja quando pensamos, quando ficamos lembrando e remoendo.Só dói quando cutucamos nossos calos . Então decidimos não mexer e seguir a dança, sem nos apegar demais ao par e ao baile de ontem. Afinal, todo dia tem uma dança nova. E  quer saber, ultimamente andamos mais para balada onde se dança só!

7 comentários:

Ale disse...

O tão difícil desapego,

Impregnado em nossa pele,

Ale disse...

O tão difícil desapego,

Impregnado em nossa pele,

Camila Gomes disse...

Tem selinho pra você em meu blog.
Pega, pega, pega! É de coração!
Abraços!

Nathália Rafaela disse...

Adorei seu texto, me identifiquei bastante ! =)
Tá tendo um sorteio lá no blog e eu vim te convidar a dar uma olhada e participar . *--*
Beijos amoree, boa semana !
http://makesdasrtanath.blogspot.com/

Quem além de mim? disse...

Tem selinho pra vc no meu Blog,
Obrigada pelo carinho!

Beijos


http://chaar-cherry.blogspot.com/2011/08/selo-comemorativo-8x60.html#links

Thamy Mota disse...

Com certeza, desapegar é difícil! A gente tenta camuflar e talz, mas... nenhuma sujeira fica para sempre debaixo do tapete ne?
Adorei!

Beijinhos!

Unknown disse...

"Afinal, todo dia tem uma dança nova. E quer saber, ultimamente andamos mais para balada onde se dança só!"

Ainda que o tema não tenha nada a ver, essa imagem me remete a uma cena de uns dos meus filmes favoritos:

http://www.youtube.com/watch?v=ZVgmemJn944