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terça-feira, 24 de maio de 2011

Será que você era tudo mesmo que me faltava?



Algumas perguntas nos trazem mais entendimentos do que respostas...
E partindo desse pressuposto me faço algumas indagações, recorro a algumas lembranças e entendo que superestimei muito um relacionamento. Não que tenha faltado sentimento, mas é que ainda é preciso reconhecer que circunstâncias temporais e espaciais influenciaram e determinaram o futuro dessa relação. Somado a isso, apareceram adversidades que ofuscaram o que antes tinha brilho próprio.
Ao término, adicionaram-se doses de desespero, tristeza, frustração. Resultado? Um coquetel de sofrimento, que após uma noite de excessos, apareceu na forma de uma ressaca que dóia, que martelava ainda mais a rejeição.
Por inúmeras vezes o suspiro foi mais forte do que esperava, o que tornava minha respiração mais dolorosa. Por muitas vezes vi uma fonte de lágrimas salgadas brotar no meu rosto e molhar meu travesseiro. Por incontáveis vezes me vi remoendo todos os episódios, tentando enxergar algo bom nessa série e alugando os ouvidos disponíveis para meus desabafos piegas . Por excessivas vezes me peguei pensando que não veria aquele olhar de menino a me encarar, que não sorveria mais aqueles sorrisos inocentes e nem desfrutaria daqueles toques intensos nem dos carinhos mais doces.
O tempo tic-tacou muitas vezes e ai a vida me surpreendeu...  Meia dúzia de palavras foi oferecida por alguém de filosofia diferente e pronto! Recobrei minha consciência, recoloquei meus óculos, limpei a maquiagem borrada e me levantei. Falando assim foi simples, mas na verdade isso fez parte do meu processo de luto.
De repente me vi acostumada com aquela ausência, me vi aceitando minhas novas possibilidades. Vejam bem, aceitei, mas não esqueci...
Parei de sonhar com aquele abraço apertado e aquele beijo... e percebi que esse jejum tornou-se comum.
A realidade teve uma reviravolta e me ofereceu inúmeras opções, mesmo assim recusei algumas. Afinal, eu aceitei, mas não esqueci...
Pra que chorar se eu sabia que depois eu iria sorrir? Ressaltar uma dor que a cada minuto perdia mais o sentido? Ah não, nesses momentos, intimamente e discretamente, sorria para as portas, paredes e janelas. Um sorriso explodia a cada vez que percebia que eu estava mais forte. A paz invadia meu coração e me deixava leve.
E sozinha deixei vivo aquele sentimento, deixei ele me amparar, me fazer companhia nos momentos de solidão e apertar minha mão quando sentia medo.
Dessa vez reduzi minhas expectativas e não esperei nada em troca.
Agora me falem, como eu nego algo que no fundo me trouxe coisas boas? Como achar um erro ter conhecido alguém quando pior seria, se não o tivesse feito? 
Retóricas feitas e chego à mais uma pergunta:  Será que você era tudo mesmo que me faltava?
Senti ausências, desesperos, vazios imensos, mas passou... O que antes faltava agora pode se exceder. Será possível uma complementação momentânea? Ou será que ela nunca existiu? Será que o gostei mesmo ou gostei mais do fato de gostar? Será que se soubesse claramente o que sentia por mim, o que eu era e o que significaria iria ser diferente?
Será que faltou falar o que você pensava e, da minha parte, fazer o mesmo?
Ou será que não sei responder nada disso porque enfim aceitei que certas coisas não cabem a mim? Basta. Encontrei minha resposta.




segunda-feira, 23 de maio de 2011

Se não era amor, era da mesma família...



"Se não era amor, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo. Eu bati a 200 km por hora e estou voltando a pé pra casa, avariada.
Eu sei,não precisa me dizer outra vez. Era uma diversão, uma paixonite, um jogo entre adultos. Talvez este seja o ponto. Talvez eu Não seja adulta o suficiente para brincar tão longe do meu pátio, do meu quarto, das minhas bonecas. Onde é que eu estava com a cabeça, de acreditar em contos de fada, de achar que a gente muda o que sente, e que bastaria apertar um botão que as luzes apagariam e eu voltaria a minha vida satisfatória,sem sequelas, sem registro de ocorrência? Eu não amei aquele cara. Eu tenho certeza que não. Eu amei a mim mesma naquela verdade inventada.
Não era amor,era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. NÃO ERA AMOR, ERA MELHOR”

Matha Medeiros, em Divã

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Conto nada de fadas!


          
     Era uma vez uma princesa....Não! Primeiro imagine um castelo onde 3 pessoas residem: a bruxa mãe, a bruxa filha e o príncipe (que já foi pretendente da bruxa filha e por uma maldição é obrigado a viver lá).
         Você passando na porta desse castelo, encontra o príncipe e ele lhe convida para entrar. Você tem outras coisas para fazer, um caminho todo para percorrer, outros príncipes estão à sua espera, mas ele insiste tanto que você resolve entrar. Afinal, aquele sorrisinho de menino parece ser tão inofensivo...
         Você entra e todos fingem de civilizados, vestem máscaras e tomam cuidado para não mostrar a insanidade que tem.E dai você resolve fixar residência nos arredores do castelo e todo dia o príncipe te busca para visitá-los. Tudo vai bem. A convivência com as bruxas é amena e nada lhe incomoda.
         Só que certo dia,  alguns detalhes transparecem e você começa a reparar que tem algo estranho na bruxa fiha. Ela se faz de boazinha, mas tem algo que não convence.E a bruxa mãe não fica atrás e começa a aprontar com você discretamente. Mantém a pose de boa mãe bruxa só que apronta em nome do orgulho ferido da filha.  De repente, as coisas passam a não fluir tão naturalmente com o príncipe. Ele começa a ficar hesitante e parece omitir alguns fatos. Você percebe tudo isso e tenta conversar sobre o assunto, ai ele resolve contar por partes que está amaldiçoado. Como prova de amor, você decide lutar com ele. Você descobre tudo o que essas maléficas já aprontaram, o que nutre mais o desejo de vingança. Descobre das armadilhas aos venenos destilados e nem por isso sente medo.
           Noites a fio, tramando um plano perfeito e descobre que a melhor forma de lidar com aquilo é a nobreza que traz no coração. Quando tudo está pronto, o príncipe hesita em seguir adiante com o plano. Você não entende. Como ele pôde mudar de ideia tão rápido, só pode ser algum feitiço das bruxas! E pensando dessa forma, você sai escondida e enfrenta as duas. Sozinha! Você se submete a múltiplos riscos em defesa daquele ser e acaba sendo atingida por feitiços cruéis, dolorosos. Fica destruída, mas por um minuto de distração das duas você consegue se reestabelecer e levantar. Nesse momento o príncipe aparece e você imagina que sua salvação chegou. Agora está tudo bem, vai conseguir sair dessa!
           Para sua surpresa, o príncipe não faz nada. Apenas se aproxima da bruxa filha e, covardemente, pega a sua mão.Você até presencia um sorriso em seus lábios, aquele mesmo que você achou inofensivo. Enquanto isso ele fica  vendo o seu fim.
Você de repente dá um grito! Uffa, estava apenas sonhando. Só que alguma mensagem aquilo quis lhe trazer e por isso não consegue tirar aquele sonho da cabeça.
           De tanto matutar, começa a ligar alguns fatos à sua realidade. E começa a dar nome aos personagens.Tudo se encaixa perfeitamente. O príncipe da vida real diz que odeia esse seu passado de EXcentricidades, mas na verdade sempre está envolvido com ele .Você então começa a achá-lo que nem as bruxas, da mesma laia, imagem e semelhança. Lógico que o príncipe da vida real não mora com as bruxas e alguns outros detalhes, que seja!
         E ai a sensação que tem ao pensar nisso é a de entrar numa casa onde não é bem-vinda, num território inimigo.Você é que foi sempre a penetra, que foi enganada e tomou as dores. A verdade é que o circo estava armado já e só estavam à espera de um bobo da corte, ou seja, o "palhaço" do século 21!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Orgulho ferido, que nada!

           O que acontece depois de um fim de um relacionamento? Com certeza é o despertar de uma curiosidade de como o outro está. Convenhamos que nem é por solidariedade. Se por um lado queremos que o ex parceiro siga em frente e seja feliz, por outro desejamos ver que nossa ausência trouxe prejuízos porque isso alimenta nossa vaidade. Não é nada digno esse pensamento, mas é a verdade.
           Se por acaso, descobrimos que não somos tão indispensáveis quanto pensávamos e o outro busca novas companhias isso nos proporciona um enorme desgosto. E ai que o bichicho do orgulho é ferido. Indagações são feitas e no fim inseguranças aparecem.  Para confundir isso com amor é um passo. Gostava tanto, tanto... Será? Posso dizer que muitas vezes esse amor pode nem ter existido. O que confunde após o término não é um amor adormecido, mas sim o orgulho ferido.
           Humm e se é o outro que termina, queremos vingança! Queremos que seu atual relacionamento não vá pra frente. E fazemos isso na tentativa de resgatar nossa auto-estima. Aquela mesma que foi perdida no momento da sociedade do pé com a bunda.
           Há quem tente sair difamando o (a) ex, falando que perdeu seu tempo, que não sente mais nada, que sofreu nas mãos dele (dela).  Outros preferem o velho teatrinho de que encontrou outra pessoa e que está feliz. Há quem faça de tudo para transformar a nova companhia do (a) ex em um monstro qualquer, em um ser sem graça e de certo vai fazer todos os amigos repetirem que é melhor do que fulana (o). Isso é ciúme somado ao velho orgulho ferido Alguns pesquisam a vida da(o)  nova(o) namorada(o) do(a) ex e inventam milhões de defeitos, o que só evidencia o que quer esconder. Como que uma pessoa que passa seu tempo revirando a vida de outra, procurando por comparações, perdendo tempo pode dizer que não se importa com a outra? Detestar uma pessoa sem conhecer é praticamente o mesmo que adorar, gasta-se a mesma energia fazendo as duas coisas.
          E acreditem que a personalidade humana é mesquinha e vai muito além disso. Ao ponto de não bastar ser feliz; e precisar de que o outro não o seja. Em muitos momentos, nem percebemos que no meio de sentimentos nobres há sentimentos ruins enraizados e vice-versa. Se o relacionamento acabou, acabou. Do que era ruim não se guarda nem os cacos. Tenha em mente que muito se perdeu: a paixão, o tesão, o desejo...E aquelas brigas intermináveis, broncas penduradas, raivas multiplicadas, inseguranças vigilantes não sumiram do nada. Lembranças boas também existiram, mas agora são desvanecidas por um gostinho amargo.
          Agora o que não se pode permitir é que esse ciúme fique! É preciso suportar ver o que já foi seu sendo de outro. Não dá para ter a mesma postura de uma criança mimada que jogou fora seu brinquedo velho e agora vê o amiguinho brincando feliza com ele  e querer retomar. A escolha foi feita. Ponto e pronto!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Nem tudo que reluz é ouro



Chegar ao ponto de distorcer a percepção dos sentimentos é demais.... Não é nada!!!
Realmente é confuso. Isso acontece o tempo todo. O ato de iludir-se é frequente. Que atire a primeira pedra quem sempre foi impecável!
Nascemos, crescemos e iludimos... A verdade é que a partir do momento que nos entendemos por gente, a tendência é errar, julgar mal e iludir-se.
Tão logo exemplificar com um relacionamento. Quantas vezes elevamos um fato, fazendo dele extremamente bom ou ruim? Cuidado! Esse fato pode estar embasado numa ilusão. Será que era tão bom assim? Será que o protagonista do término foi o desgaste? Será que esse amor era tão grande mesmo para não superar isso? Será que era para tanto sofrer de tal forma? O pior foi perder o sentimento ou destruir a ilusão?
O ciclo do ilusionismo segue um padrão. Primeiro: iludir-se achando que o príncipe, o bom moço, o genro que toda sogra desejou bateu à sua porta. E depois ficar presa à ilusão de que ele é a solução de todos seus problemas, a cura de todas as feridas e o único capaz de te dar um "feliz para sempre". Segundo: cegar ao ponto de acreditar que o máximo que pode abalar o relacionamento seja uma briguinha por uma ou outra explosão de ciúmes, achar que não há ninguém para ameaçar seu posto de namorada, que ele sempre vai voltar e tal. Terceiro: nutrir a ilusão de que vive num mundinho perfeito, o qual não existe sem ele, funcionando quase como um vício. A maioria permanece nesse ciclo de ilusionismo por tempo suficiente para a decepção ser ainda mais devastadora.
Cabe sempre refletir, será que é mesmo tudo o que pensei? Será que superestimei o quanto real era? Cabe sempre questionar, tentar sair da visão do que queremos  e entrar na visão realista do que temos. Quem sabe assim seja possível descobrir antes que o mal seja feito de que nem tudo o reluz é ouro.


Obs. Aviso